Podemos generalizar o referido no final da última página para espaços vetoriais, definindo o seguinte:
Definição
Considerando um espaço vetorial V sobre K, um conjunto B={v1,v2,⋯,vn}⊂V
diz-se uma base de V se e só se B é linearmente independente e
gerador de V: L(B)=V, portanto.
Os conjuntos geradores de espaços como Rm e Mm×n(R)
são, claro, as respetivas bases canónicas: no caso de Rm, por
exemplo, temos B={e1,e2,⋯,em}, onde ei é o vetor unitário
na direção i.
Coordenadas de um Vetor numa Base
Considerando um espaço vetorial V sobre K e um conjunto B={v1,v2,⋯,vn}⊂V
tal que L(B)=V, existirá um conjunto de escalares {c1,c2,⋯,cn}⊂K
onde, ∀u∈V, existe necessariamente um vetor v′∈Kn (único) em que:
No fundo, significa que podemos representar qualquer vetor u∈V como uma combinação linear
de vetores da base B - fisicamente, estamos a transformar a representação de um vetor
em coordenadas cartesianas para outro sistema de coordenadas, neste caso, o sistema de coordenadas
definido pelos vetores da base B.
Dizemos que estes escalares, correspondentes a v′, correspondem às coordenadas de u na base B,
representando a posição de u no espaço vetorial V. Podemos representar esta informação
da seguinte forma:
(u)B=(c1,c2,⋯,cn)∈Kn
Note-se que a correspondência u↦(u)B, V↦Kn,
é uma transformação que preserva a adição e a multiplicação por escalares: