pois podemos chamar à Jacobiana de uma função escalar, o gradiente, ∇f(a), da função.
Se ∣∣v∣∣=1, então ∂v∂f(a)=∣∣∇f(a)∣∣⋅cos(∇f(a),v), ou ainda
v=∣∣∇f(a)∣∣∇f(a).
Podemos concluir duas coisas:
Quando nos afastamos de a no sentido de ∇f(a), a função tem variação máxima.
Quando cos(∇f(a),v)=0 (ou seja v⊥∇f(a)), a função "não varia localmente", dando origem a curvas de nível: pontos da função com o mesmo valor.
O gradiente dá a direção e sentido segundo os quais se dá a variação máxima da função.
tip
Para funções diferenciáveis vetoriais f:D⊆Rn→Rm
(portanto existem fi:D⊆Rn→R diferenciáveis para i=1,2,…,m),
estas considerações são válidas para cada uma das fi's.
Exemplo
Seja f(x,y)=x2+xy.
Obtendo o gradiente da função, podemos descobrir qual a direção a seguir para maximizar a variação da mesma.
Em (1,1) devo afastar-me no sentido (3,1) para sentir a variação máxima da função junto a (1,1).
Por outro lado para não sentir variação de f junto a (1,1), calcula-se o vetor perpendicular,
(3,1)⋅(v1,v2)=3v1+v2⟹v=(1,−3).
Assim, ao me afastar de (1,1) no sentido (1,−3), a função não varia localmente.
Conjunto de Nível
Os conjuntos de nível são a generalização das curvas de nível a dim>2.
DEFINIÇÃO
Seja f:D⊆Rn→R e k∈R,
define-se o conjunto de nível de f de valor k como
N(k)={x∈D:f(x)=k}
Podemos dar nomes concretos ao conjunto de nível, caso estejamos numa das dimensões:
Se n=2: curvas de nível
Se n=3: superfícies de nível
Se tomarmos como exemplo f(x,y)=x2−y2, podemos calcular as suas curvas de nível (conjuntos de nível),
de forma a obtermos um esboço do gráfico da função.
Podemos visualizar as curvas de nível que acabámos de calcular no plano:
Podemos continuar a calcular as curvas de nível N(k) e N(−k), com k>0, de forma a obtermos uma melhor ideia da função.
Ponto de Sela
A este fenómeno, em que a derivada é nula mas não é nem um máximo nem um mínimo da função, chamamos ponto de selasaddle-point:
Também podemos pensar que ao longo de uma direção a função cresce, e ao longo de outra decresce.
Caminho em Rⁿ
DEFINIÇÃO
Caminho em Rn é uma função c:R→Rn.
A imagem de c diz-se linha ou curva e denota-se Γ.
Como exemplo, tomemos o caminho c(t)=(cost,sint),∀t∈R.
A imagem deste caminho é Γ={(x,y)∈R2:x2+y2=1}.
Derivada de um Caminho
Se um caminho é C1 (isto é, as derivadas parciais são contínuas)
a derivada é dada por
c′(t)=h→0limhc(t+h)−c(t)
DEFINIÇÃO
Seja c:R→Rn, C1 e Γ a linha descrita por c.
O vetor c′(t) diz-se o vetor tangente à linha Γ no ponto c(t).
Se considerarmos cada função componente de c, a função ci:R→R, podemos derivar
individualmente cada uma destas componentes, de forma a obter o vetor tangente, c′(t), à curva Γ em c(t).
Exemplos
Se tivermos c(t)=(cost,sint),∀t∈R, podemos calcular as suas derivadas em vários pontos: