Além disso, podemos resolver um problema de valor inicial do tipo
{M(t,y)+N(t,y)dtdy=0y(t0)=y0
que satisfaz as condições
∂y∂M=∂t∂N (ou seja, é exata)
N(t0,y0)=0
em que a sua solução é definida implicitamente por ϕ:A→R de classe C1 tal que
ϕ(t,y)=C,M=∂t∂ϕcom C=ϕ(t0,y0)N=∂y∂ϕ
Exemplo Não Exata
Considerando o PVI
dtdy=tyt−y2,y(1)=32
Podemos reescrever para ficar com a forma que queremos:
y2−t+tydtdy=0
E assim temos que
M=y2−t,N=ty
Podemos então agora verificar que não é exata:
∂y∂M=2y=∂t∂N=y
Exemplo Exata
Considerando o PVI
⎩⎨⎧Mty2−t2+Nt2ydtdy=0y(1)=32
Temos então que
∂y∂M=2ty=∂t∂N=2ty
pelo que a equação é exata.
Podemos ainda determinar a solução da equação.
∂t∂ϕ=ty2−t2⟹ϕ=2t2y2−3t3+C(y)
∂y∂ϕ=t2y+C′(y)=t2y,enta˜o temos que C′(y)=0
Consequentemente, podemos assumir também que (embora possa ser qualquer constante) C(y)=0
Temos assim que a solução da equação é definida implicitamente por:
2t2y2−3t3=c
Substituindo y por 32 e t por 1, de acordo com o valor inicial, obtemos:
c=2t2y2−3t3=2322−31=0
Pelo que (y tem de conter 32, logo retirar o quadrado do y, fica positivo):
y2=3t3×t22⟹y=32t
Equações Redutíveis a Exatas
Nem todas as equações são exatas, mas todas as equações escalares de primeira ordem são redutíveis a exatas.
Para transformarmos uma equação não exata numa equação exata, temos de a multiplicar por uma função μ(t,y), denominada fator integrante.
Assim, passamos a ter uma equação (exata) do tipo:
μM+μNy′=0
Para descobrirmos o fator integrante μ(t,y), temos de resolver a equação diferencial parcial, o que pode ser muito difícil (e normalmente impossível).
Por essa razão, trabalhamos apenas com situações onde μ depende apenas de uma variável.
∂y∂(μM)=∂t∂(μN)
Se trabalharmos esta igualdade, obtemos o seguinte: