Chamemos a hn a função que nos diz o número de movimentos necessários para transportar n discos de uma torre para outra.
h0=0hn=2hn−1+1
A que se chama uma equação às diferenças finitas. Os coeficientes que multiplicam os termos da sucessão são números — não são dependentes de n. Diz-se então uma equação linear. Nós queremos usar o método das funções geradoras para aprender a resolver equações lineares (escrevemos termos da sucessão à custa de outros termos).
Note-se que o índice dos somatórios deve ser o menor inteiro para o qual a expressão faz sentido (1, neste caso). Também se deve ter a potência de z coincidente com a ordem da sucessão (valor para n). Note-se que para o último somatório:
k=1∑+∞zk=1−z1−1=1−zz
onde o assinalado a vermelho vem devido ao índice do nosso somatório (z0=1).
Agora, para o somatório do meio:
zk=1∑+∞hk−1zk−1=zj=0∑∞hjzj=zH(z)
onde H é a função geradora de hn.
logo, finalmente, vem:
hn=2hn−1+1⇔Hn=2zHn+1−zz⟶Hn=(1−z)(1−2z)z
Com a fórmula nesta escrita, não conseguimos concluir nada acerca da sucessão hn. Para isso, decompõe-se as frações com o método de Hermite, ou cover-up method:
(1−z)(1−2z)z=1−zA+1−2zB
Para descobrir o coeficiente A, tapa-se o respetivo denominador na fração inicial e avalia-se a expressão resultante no zero desse denominador, do seguinte modo:
A=1−2zzz=1=1−21=−1
B=1−zzz=21=1−2121=1
logo:
(1−z)(1−2z)z=1−z−1+1−2z1
donde se tira a conclusão que:
Hn=1−z−1+1−2z1⟶hn=−1+2n
Abaixo segue outro exemplo de raciocínio análogo, à exceção de que nos dão os dois primeiros termos da sucessão un: