Função vetorial: O seu contra domínio é um vetor de dimensão igual ou superior a 2 (⊂RN,N>1)
Uma função vetorial é do tipo F:D⊆Rn⟶Rm com m>1.
Se m=1, a função é escalar. O valor de n é qualquer (pode ser 1, por exemplo), só interessa o contra domínio.
Exemplo
F(x,y)=(h(x,y),j(x,y))
O gráfico de esta função teria 4 dimensões (2 do domínio + 2 do contra domínio)-
Podemos agora estender esta notação/terminologia para vetores, através da definição (muito semelhante) de norma.
A norma consiste em medir comprimento de vetores. Caso o vetor não esteja na origem, basta fazer a sua "translação" para a origem.
x=(x1,x2,…,xn)∣∣x∣∣=x12+x22+…+xN2ou mais rigorosamente,∣∣…∣∣:Rnv=(v1,…,vN)⟶⟶R0+v12+v22+…+vN2
Propriedades da Norma
∣∣x∣∣≥0 (é sempre positiva)
Multiplicação por um escalar: ∣∣λx∣∣=∣λ∣⋅∣∣x∣∣mult-escalar
Desigualdade Triangular: ∣∣x+y∣∣⩽∣∣x∣∣+∣∣y∣∣
Produto interno
Sendo x,y∈Rn, o produto interno entre estes dois vetores está definido por:
x⋅y=x1y1+x2y2+…+xnyn
Assim, encontra-se uma relação entre a norma e o produto interno: ∣∣x∣∣=x12+x22+…+xn2=x⋅x
Distâncias centradas num ponto
Em R, dado a∈R,r∈R+, tem-se:
Vr(a)={x∈R:∣x−a∣<r}
Bola
Em duas ou mais dimensões, dá-se o nome de bola de centro a e raio r ao conjunto de pontos
que estão a uma distância inferior a r de um ponto a,
Em R2, dado a=(a1,a2)∈R2,r∈R+, tem-se:
Br(a)={(x,y)∈R2:∣∣(x,y)−(a1,a2)∣∣<r}
Em R3, dado a=(a1,a2,a3)∈R3,r∈R+, tem-se:
Br(a)={x∈R3:∣∣x−a∣∣<r}
Caso Geral
Em RN, dado a=(a1,a2,…,an)∈RN,r∈R+, tem-se:
Br(a)={x∈RN:∣∣x−a∣∣<r}
Topologia em Rⁿ
Para definirmos as noções topológicas em Rn, precisamos do conceito de norma.
Pode ser também relevante relembrar as noções topológicas a CDI-I.
Tomando como exemplo o conjunto K={(x,y)∈R2:0≤x≤1∧0≤y<1},
representado na figura, podemos tirar as seguintes conclusões.
warning
Por ter gerado alguma confusão, o conjunto D abaixo é um conjunto "genérico".
Como exemplo específico, toma-se o conjunto K, representado na figura.
a é interior a D:∃r>0:Br(a)⊂D - e.g. ponto P em relação ao conjunto K
a é exterior a D:∃r>0:Br(a)⊂Dcd-complementar - e.g. ponto S em relação ao conjunto K
a é aderente a D:∀r>0:Br(a)∩D=∅ - e.g. ponto R em relação ao conjunto K
a é fronteiro a D:∀r>0:Br(a)∩D=∅∧Br(a)∩Dc=∅ - e.g. ponto R em relação ao conjunto K
Então, podemos definir os seguintes conjuntos:
intD={pontos interiores a D}
extD={pontos exteriores a D}
D={pontos aderentes a D}=intD∪∂D
∂D={pontos fronteiros a D}
Também podemos concluir que intD⊂D⊂D.
Conjunto aberto, fechado, limitado e compacto
D diz-se aberto se D=intD
D diz-se fechado se D=D
D diz-se limitado se ∃r>0:D⊂Br(0)
D diz-se compacto se for fechado e limitado
Exemplo 1
Imaginando o conjunto D={(x,y,z)∈R3:x2+y2<1∧z>0},
correspondente a um cilindro que tem como base o círculo no plano z=0, com raio 1 e centro na origem,
e como eixo o semi eixo positivo Oz.
Como D=intD, D é aberto.
extD={(x,y,z)∈R3:(x2+y2>1∧z⩾0)∨z<0}
∂D={(x,y,z)∈R3:(x2+y2=1∧z>0)∨(x2+y2<1∧z=0)}
D=D, então D não é fechado.
D não é limitado portanto também não é compacto
Exemplo 2
Imaginando o conjunto D={(x,y)∈R2:0⩽x⩽1∧y=0},
que em R2 corresponde a um segmento de reta entre (0,0) e (1,0).
Ao contrário do que tínhamos em R, aqui não existe "interior" desta "região", visto que estamos em duas dimensões.
intD=∅
extD=R2\D=R2\D
∂D = D
D=intD∪∂D=D. Como D é fechado e limitado, então é compacto.